quinta-feira, 10 de novembro de 2011


Pouco conhecida mesmo por alguns peruanos, localizada na região de Ica, Peru e próxima da cidade de Pisco, a Reserva Nacional de Paracas abriga a mais antiga reserva marinha no Peru, sendo designada como Patrimônio Mundial pela UNESCO e abrangendo uma área desértica com cerca de 20 km e com praticamente 70 % de sua área no mar, protegendo uma rica e diversificada fauna marinha.
Dentro da reserva, normalmente sob a pressão de fortes ventos, que alcançam até 32 km/h, podemos nos aventurar pela paisagem desértica e depararmos com um enorme paredão rochoso, onde diversas formações dão nome e são as principais referências da reserva, como a “Catedral” e “Lagunilla”.
Infelizmente, durante um forte terremoto em 2007, muitas dessas estruturas rochosas foram danificadas e descaracterizadas, mas continuam tendo sua importância histórica, e mais do que isso, continuam incrivelmente belas e impressionantes. Em todos os pontos importantes da reserva, podemos observar fotos dessas formações antes do terremoto e um breve histórico sobre a cultura de Paracas.
Em contraste absoluto com o visual árido encontrado na reserva, mas logo fora dela, temos as Ilhas Ballestas, que podem ser visitadas por meio de barcos e lanchas que saem periodicamente da costa de Paracas. Prepare-se então para visualizar um verdadeiro paraíso marinho, onde centenas de focas, leões marinhos, pingüins e toda sorte de aves migratórias vivem tranquilamente e podem ser observadas em seu habitat natural, efetivamente interagindo uns com os outros, tornando, por exemplo, uma árdua luta entre leões marinhos pelo maior “harém” uma cena comum.
Mas antes mesmo de chegar ao centro desse extenso habitat marinho, podemos vislumbrar um grande mistério na forma de uma gigantesca figura desenhada na encosta de um morro, que lembra um tridente ou um candelabro, como, aliás, é conhecido. A figura mede aproximadamente 177m de altura, 54m de largura e 60cm de profundidade e está desenhada em baixo relevo sobre a areia.
O desenho em muito se assemelha as famosas linhas de Nazca, mas seu verdadeiro significado continua um mistério. Alguns historiadores afirmam que o candelabro foi feito por navegantes ou piratas para auxiliar na orientação, mas não faltam teorias sobre ter sido trabalho dos deuses ou mesmo de alienígenas.
Outro aspecto interessante concerne à exploração de “guano” pelo governo. O “guano” na verdade são as fezes das aves que podem ser utilizadas como fertilizantes e afins, e como as ilhas são de origem vulcânica e considerando o
enorme acervo de aves e conseqüentemente de “guano”, este acabou virando um importante ponto de exploração, gerando um cuidado governamental extra, além dos já grandes esforços despendidos na preservação do ecossistema e da cultura de Paracas.

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